Desafio Poético com Imagens (no face) : Imagem de Manuel Vason
Há um gozo
no adeus
: volúpias
amargas
sob faces
provisórias.
O choro
umedece
o sexo;
as peles
esfregam-se ao
inaugurar fronteiras.
Na excitação
dos sentidos
a morte vem
de lingerie preta
e se ri dos amores
que se findam.
No coito trêmulo
da despedida é preciso
...entrega!
21 comentários:
Similaridade nos olhares,de fato constato sincronia,estamos na mesma sintonia irmanados pela poesia.beijos .
"a morte vem de lingerie preta"
e esconde a foice na língua
beijoooos
há alguma coisa de partida em cada beijo, o abraço inaugura distâncias! belíssimo texto!abraços!
Aqui o segredo é não perder o ritmo porque fragmentado, multiforme, o discurso poético se instaura só na aparência como o lugar da dispersão, pois pausas, interrupções, adiamentos, recomeços marcam a tensão desse jogo. O poema dá conta dos movimentos próprios do amor...
Beijos, Tania
Há coitos que se renovam a cada adeus, onde a morte pode trocar de lingerie e vestir-se de arco-íris!
beijos, Tania
A mesma entrega que se precisa dar às palavras que querem expressar o poeta. Delicioso, Tânia!
Beijo.
Há um gozo na realidade viva deste poema, na dinâmica da linguagem, na ativação da palavra poética, buscando encontrar significação pelas entrelinhas do discurso. É a palavra criando no interior do próprio poema. Um belo gozo, Tania. Ou um belo poema!
Beijos, Tania!
Concordo com o José Carlos, este poema é um gozo, Tania!
eu adorei como ele me levou. (eu não consegui escrever para esta imagem :)
beijoss
Quem não se entrega a uma leitura dessas?
Maravilha, violeta!
Beijão.
Sensualidade. Gozo. Adeus. Só o poeta consegue conjugar tão bem estas palavras.
Beijo.
taninha,
todo gozo é uma morte.
ou não é pleno.
beijão,
r.
Taninha,
entre as pequenas mortes e a grande morte, dois corpos que conjugam ires e vires. Ora em sujeito oculto, ora em sujeito indeterminado, mas verbo inteiro explorado em terminações nervosas (as que terminam e as que explodem :)
Um belo poema e sentires tantos.
Grande beijo, poeta-inteira!
e, de repente, levas-me ao encontro de Garrett, neste jogo de vidas e mortes, gozo e dor, no poema justamente com esse título:
Gozo e Dor
Se estou contente, querida,
Com esta imensa ternura
De que me enche o teu amor?
- Não. Ai não; falta-me a vida;
Sucumbe-me a alma à ventura:
O excesso de gozo é dor.
Dói-me a alma, sim; e a tristeza
Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.
É que não há ser bastante
Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração.
Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em mim
Ou a vida - ou a razão.
beijos, taninha!
O gozo prenuncia a morte.
Extravasar. Nada (de)mais.
Beijão, Tânia!
o gozo derradeiro, mais que entrega desesperada, é amputação.
poema de içar peles
bj, minha queridaça
Querida amiga
Há no adeus
muitas vezes,
uma vontade
intensa de ficar...
Que o amor nos vista a vida,
com as suas mais intensas cores...
FORTE!
«infinito enquanto dure», mesmo na hora derradeira. amei, Tanita.
FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES, QUERIDA. UM BEIJO IMENSO!
Estou te procurando desde ontem. Onde estás?
Tá tudo bem, Taninha?
Para tudo ser perfeito...é preciso entrega, ainda que seja num adeus..
Estive ausente do meu blogue mas..voltei e estou visitando os amigos.
Por aqui, vejo que continua tudo lindo...ainda bem!
beijão
Graça
no calor
da chegada
- rompimento
na saída
o mesmo fascínio
pela dor
belo Tânia
abração
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