salta do espelho
incompleta
sem os pés
que não pude mirar
nos caminhos
que não pude seguir.
era meu reflexo
insistindo
em existir sem mim
propondo-me um fim
entre o sincronismo
de nossos gestos.
– chega mais perto e te olhas!
e busquei a intimidade
das retinas
acariciei a superfície
sem fundo do espelho.
o reflexo
arrastou-me
para seu mundo
sem fundo
e eis-me agora
prisioneira do espelho
a estender
como pedinte
os braços:
– tira-me, tira-me daqui...
deixa-me existir novamente!
11 comentários:
eu sempre quis saber o que há por trás do espelho, mas nunca ousei
beijo
Essa utopia é a própria arte, fazendo emergir o ainda não dito.
beijoss,
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que você? ;)
Um beijo, Taninha querida
Os reflexos sempre nos assombram e nem sei dizer se são nossos ou somos deles. Intrigante e gostoso de refletir, Tânia!
Beijos!
Massa demais! E Assis é um brincante.
o espelho e o reflexo: a-simetria de todas as formas.
beijo, taninha!
Eu também tive a curiosidade de saber o que está atrás do espelho, mas ao passar a mão nada encontrei. Fiquei na minha. Meu beijo.
Na eternidade baça do espelho
dois olhos perdidos me olham.
bjs
Somos o próprio espelho: nos confundimos e aos que nos miram -
miragem da miragem :)
beijos, Tânia (saudades!)
Como vovó já dizia: " espelhos deveriam pensar duas vezes antes de refletir. "
Beijo, violeta!
Há muito escondido no espelho! Muito lindo, Tânia!
Tânia, sou o Carlos, do extinto blog Janela Descoberta.
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