Palavras encardidas pelo uso:
lavei-as!
E à moda antiga
Como faziam minha mãe
E minha avó.
Esfreguei, fervi, quarei
Derramei sobre elas o anil
E ainda espero que o vento seque
Cada palavra estendida
Sobre os paus secos do varal.
Palavras encardidas pelo uso:
Deixei-as...
E é com branco silêncio
Que expresso agora os meus anseios.
lavei-as!
E à moda antiga
Como faziam minha mãe
E minha avó.
Esfreguei, fervi, quarei
Derramei sobre elas o anil
E ainda espero que o vento seque
Cada palavra estendida
Sobre os paus secos do varal.
Palavras encardidas pelo uso:
Deixei-as...
E é com branco silêncio
Que expresso agora os meus anseios.
33 comentários:
Seja benvinda em seu "branco silêncio". É muito importante ter a coragem de parar e nos olhar...Mas mais importante é fazer o que achamos ser necessário modificar.
Tânia,
Viu como você me entende?
Como a sua poesia nos define?
Como compreende o silêncio?
Linda poesia.
bj.
Tania
Lindo varal de palavras em paz!
Saudade de ti,
Bjão, amiga!
olá, muito lindo, as vezes o silêncio é a nossa maior fonte de conhecimento, abraços
muito bem expressado esse teu silencio, branco
beijo
Que bom que retornou, Tânia! E para aumentar a minha satisfação você o fez com esse poema claro, enxuto e que tanto diz sobre o silêncio e o uso das palavras!
Abraços.
Lindo demais, Tania Regina!
Ai, senti até o cheirinho de roupa limpinha... E visualizei o azul do anil, amarrado num paninho branco, que as mais antigas chamavam "boneca"...
Abraço e beijos, querida!!!
Nunca é tarde para voar
blanco silencio
limpias palabras
guardadas
hasta que
amanezca
besos*
[... um momento para o silêncio,
um momento para o que nele se contrafaz,
a palavra que se faz regressar, à luz do astro que a aninha e seca]
um imenso abraço, Tânia
Leonardo B.
Tania, querida...
E o anil que derramas é aquele tipo de azul que tudo clareia.
Feliz em ler-te de novo :)!!!
Um beijo.
Seu branco silêncio fala mais à alma do que as palavras encardidas. Linda poesia.
Uma sensação que todos nós carregamos com nossas palavras.
Muito bom, as suas, para mim, pareceram bem alvas!
Beijo.
Muito lindo seu poema, parabéns e tudo de bom pra você,beijos.
Apreciei o palavreado, coisa fina teu varal.
Beijo.
(Um prazer tua presença no trem, obrigada pela visita)
ei tudo bem passa la no meu cantinho tem selinho
Olha só a volta do anil quarando as roupas nos varais!
Que bom, inda lembro-me do Anil Imperial! Foi um tempo de poesia.
Um “Salve” especial para você, minha Grande Amiga!
Um Beijo de Coração para Coração!
Lindo o seu blog! Tem um selo para ele no meu Degrau Cultural (www.degraucultural.blogspot.com) Beijos
É isso que muita gente precisa fazer em seus vocabulários. Lavar, enxaguar e secar, deixando-o branquinhos como as do seu varal.
Abraço
Branco silêncio. Alvo. É um belo poema.
Bjs, Tania. E inté!
palavras encardidas que já não tem nem emoções , vazias vão se reproduzindo sem criar nada, o teu poema é meta-linguagem, apalavra falando da palavra se re-inventar
Que coisa mais linda Tânia... Quisera eu ter o dom de lavar toda sujeira de alguma palavras minhas. Uma poesia forte e que em mim incitou reflexão. Adoro isso!
Um super beijo!
amiga tânia,
regressas com palavras que o uso jamais denegrirá: as da poesia. daqui te saúdo! daqui ergo a taça a um tão ansiado regresso!
um beijinho!
O silêncio é a mais completa palavra. Toda palavra é um fragmento da tentativa de explicar esse silêncio que nos define.
Na brancura do querer o perfumado e quieto gesto banhado em corpo limpo.
Tania: Sejas bem-vinda com o teu silêncio branco, um lindo poema.
Beijos
Santa Cruz
Ah, que bom que vc voltou, e de alma lavada!
Nessa página limpa, onde agora brotam os desejos mais puros e límpidos!
beijinho querida, bem vinda, e pode ir contando tudo dessas férias, viu!
Incrível este poema! O final é um sobressalto.
Palavras de uma beleza alva.
Lindo, lindo.
Voltarei aqui.
Muito muito muito bacana. Tiro o chapéu para seu talento.
O branco é lindo. É luz em cada coração!
beijos!
lindo mesmo esse silência aí pleno transparente....beijo Tânia
Inda correm em minhas lembranças de quando eu era criança, lá no estado do Paraná. Ainda era sertão. As casas eram de tábuas. Minha mãe lavava roupas lá no córrego e batia a roupas naquelas tábuas, metades dos troncos de árvores.
Colocava as roupas num gramado com anil.
Boas lembranças!
Obrigado pela sua leitura. Nossos versos lhe agradecem.
Beijos com carinhos!...
Tânia...
O branco é onde todas as cores se escondem!
Beijos
AL
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