Bartes está falando sobre o sentido epidérmico da linguagem, sua incapacidade de se aprofundar no que o outro é; ou, ao contrário, na capacidade que ela tem de instaurar a intimidade? Para mim, a linguagem é como uma película plástica entre peles orgânicas, podemos através dela apreender a forma externa do outro, seu volume, algo de sua textura, mas raramente sentimos a sua (tempera)tura interna, a não ser, talvez, por uma coincidência inverificável.
Pablo, retirado de Bartes, "Fragmentos de um discurso amoroso", que adoro. Marquinho, penso que Bartes fala da intimidade que se pode alcançar através da linguagem, pensando no contexto do livro de onde foi retirada a frase (citei acima). Mas eu concordo com você, há algo mais que talvez o silêncio (não a linguagem) alcance.
"A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras." (Roland Bartes)
Amor cigano deve ser como um “post” como este. Um amor rodeado em um mundo de púrpura. Entretanto assim como veio a cigana foi-se. Porque cigano é nômade, assim como seu amor fugaz! Agradeço-lhe pela sua visita, minha grande amiga!
Tânia Regina, obrigado por sua atenção e caprichosa leitura! Falando de sua postagem: você já deve ter ouvido dizer que o corpo fala. Thérèse Brtherat e Carol Bernstein até ecreveram livros sobre isso, um deles se chama O Correio do Corpo. Conhece? Tânia, me despeço já com saudades e deixo para você o meu sincero abraço!
É por isso que tenho sentido seus dedos tocando em mim: bem que eu desconfiava que tratava-se de uma poetisa, de uma amiga, querendo falar-me alguma coisa... Que bom ter você a roçar minha pele com suas palavras de encanto e suas poesias de inspiração!...
Ah, Tania, que bom momento para lembrar essas palavras de Barthes...
A escolha da palavra esfregar é fantástica, principalmente quando a frase de Barthes é apresentada em diferentes contextos, abrindo-se a infinitas leituras. Dia desses estava conversando sobre isso com amigos.
E, quanto as palavras - lindas - que deixaste por lá, saiba que sinto-me do mesmo modo quando estou por aqui.
Oi, Ju, obrigada por ter vindo. Sim, algumas palavras caem bem, são elas e não seriam outras, e me perunto muitas vezes como vêm, como chegam, de que canto saem: mas saõ tão bem vindas!
18 comentários:
Adorei Tania! Quanta profundidade!! Belíssima contribuição!!
Beijos!
Bartes está falando sobre o sentido epidérmico da linguagem, sua incapacidade de se aprofundar no que o outro é; ou, ao contrário, na capacidade que ela tem de instaurar a intimidade?
Para mim, a linguagem é como uma película plástica entre peles orgânicas, podemos através dela apreender a forma externa do outro, seu volume, algo de sua textura, mas raramente sentimos a sua (tempera)tura interna, a não ser, talvez, por uma coincidência inverificável.
Abraço, Tânia.
Pablo, retirado de Bartes, "Fragmentos de um discurso amoroso", que adoro. Marquinho, penso que Bartes fala da intimidade que se pode alcançar através da linguagem, pensando no contexto do livro de onde foi retirada a frase (citei acima). Mas eu concordo com você, há algo mais que talvez o silêncio (não a linguagem) alcance.
Obrigada por vocês aqui.
Abraços,
Tania
Poucos são tão "sedutores" com as palavras como o genial Barthes!
Abraço
"A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse
palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras."
(Roland Bartes)
Amor cigano deve ser como um “post” como este. Um amor rodeado em um mundo de púrpura. Entretanto assim como veio a cigana foi-se. Porque cigano é nômade, assim como seu amor fugaz!
Agradeço-lhe pela sua visita, minha grande amiga!
Juan, Machado, obrigada pela gentileza da presença e comentários.
abração para vocês!
[barthes na cozinha do poema; improvável, nunca impossível]
um imenso abraço, Tânia
Leonardo B.
Leonardo, um grande abraço também pra ti, obrigada pela presença.
Abraço,
Tania
Como o Juan disse, poucos são tão sedutores com as palavras!
Muito agradável seu cantinho!
Beijo.
Obrigada, Carol, pela sua visita e gentileza.
abraços,
tania
Eis a pele externando sentido e sensações pelos poros da linguagem...
Beijo
Olá!
Vi você no blog da Ju Rigoni. Vim espiar e adorei!
Já virei fã e seguidora, viu?
Abraços
Lia
Blog Reticências...
http://liaks25.blogspot.com/
Cris, palavras são pele, será? São dedos, são mãos? Não sei...Gosto muito do Barthes, lembrei-me dele casualmente e postei.
Lia, já retribuí a visita e a harmonia do seu espaço ecoou em mim, trouxe a tal...intimidade...tão fundamental pra mim!
Abraços,
Tânia
Tânia Regina, obrigado por sua atenção e caprichosa leitura! Falando de sua postagem: você já deve ter ouvido dizer que o corpo fala. Thérèse Brtherat e Carol Bernstein até ecreveram livros sobre isso, um deles se chama O Correio do Corpo. Conhece?
Tânia, me despeço já com saudades e deixo para você o meu sincero abraço!
É por isso que tenho sentido seus dedos tocando em mim: bem que eu desconfiava que tratava-se de uma poetisa, de uma amiga, querendo falar-me alguma coisa...
Que bom ter você a roçar minha pele com suas palavras de encanto e suas poesias de inspiração!...
bjo.
Sam
Ah, Tania, que bom momento para lembrar essas palavras de Barthes...
A escolha da palavra esfregar é fantástica, principalmente quando a frase de Barthes é apresentada em diferentes contextos, abrindo-se a infinitas leituras. Dia desses estava conversando sobre isso com amigos.
E, quanto as palavras - lindas - que deixaste por lá, saiba que sinto-me do mesmo modo quando estou por aqui.
Um beijo, linda, e inté!
Oi, Ju, obrigada por ter vindo. Sim, algumas palavras caem bem, são elas e não seriam outras, e me perunto muitas vezes como vêm, como chegam, de que canto saem: mas saõ tão bem vindas!
Beijo grande pra ti!
É exatamente assim.
Abraços
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