7 de junho de 2014

Lendas aladas VI (Labirinto)






Arte: Jenn Hudson



Ariadne
enlouqueceu
emaranhada
no fio da espera.

Teseu não veio
no repuxo ávido
das mãos frias.

A amargura
– um monstro com
cabeça de touro –
corroía-lhe as entranhas
onde clamavam moços
e moças virgens.

O labirinto é víscera
onde morrem os sonhos...

2 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

E eu me emaranho nos frondosos galhos da sua poesia pelo prazer enlear-me em tão delicados fios...
Beijos, Tania!

Unknown disse...

"o labirinto é víscera
onde morrem todos os sonhos"

resta a sombra como animal louco...

arrepio, taninha, arrepio.