Imagem: Kleemass
em algum lugar,
a brisa se condensa em farpas:
silfos,fadas e hamadríades
tramam teias invisíveis
a delimitar fronteiras.
o vento tem
superpoderes
música que embala
o braço mais frágil
do flamboyant.
às vezes,
enfurece
assovia
verga
a altivez
da árvore
mais antiga.
noutras,
contenta-se
em ser parede
invisível
que separa
dimensões.
quem sabe
o vento seja
a única pele
que aparta
um corpo
do outro
quem sabe
enlace-os
pela cintura
sanidade
e loucura
num colóquio
amoroso.
10 comentários:
uns e outros em colóquio amoroso para vento árbitro-arbitrário: tudo num qualquer lugar... dentro de si.
tão bonito isto, taninha! adoro estes diálogos entre ti e a jô em torno de fotografias.
beijos tantos!
Bela poesia.
Bom fim de semana.
Vês-me aqui agora ao teu lado, Tania?
Que poema bem construído. Percorri cada verso atiçado pelo vento nu da tua lira e afundei sereno.
beijoss
entre um e outro, a intersecção
beijo
Um colóquio amoroso que deleita, só de perspectivar...
(Tânia, o seu rodopio interior adivinha-se tão rico que... as palavras têm dificuldade em acompanhá-lo, apesar de elas serem suas amigas. Há por aí matéria para imeeeeensa poesia!)
Beijo :)
Quem sabe? Você falou com tanta propriedade. é essa a impressão que temos. De que às vezes é apenas uma questão de um simples ajuste.
Estou ainda a enamorar a imagem...
Beijo!
O vento que sopra para ti está sempre renovando tua pele poética, sussurrando cada vez mais poesia em teus ouvidos!!!
beijos, querida!
levei para mim esta imagem:
«quem sabe
o vento seja
a única pele
que aparta
um corpo
do outro».
um poema muito bonito, Tanita, parabéns!!!!
um beijo.
Voz de vento em popa!
Beijo, violeta*
Taninha,
sanidade e loucura...
Um pouco de sanidade na loucura, e um pouco de loucura na sanidade..., nem sempre existem fronteiras definidas. Existirão então limites?
Muito belo!
Fiquei pensando muitas coisas. Bela reflexão.
Beijos!
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