2 de maio de 2013

Miragem pré-diluvial






ele chega
tempestade
nuvem condensada
transparência.

eu sei: é miragem
tecida em fios
de saudade
do homem que
nunca veio.

mas estou pronta
pra me dissolver
com as águas
e existir somente
nas madrugadas
pré-diluviais.

9 comentários:

Unknown disse...

se dissolver em águas: essência líquida



beijo

Unknown disse...

Que lindo!
"eu sei: é miragem
tecida em fios de saudade..."
Beijos.

José Carlos Sant Anna disse...

Cálido tronco de água é o que vejo nas tuas madrugadas. É uma miragem, Tânia? (rsrs)

Luiza Maciel Nogueira disse...

que lindo Tania, estou adorando os teus desafios!

beijos

araucariapoemas.blogspot.com.br disse...

minha linda incentivadora,adorando os desafios,e grato pelos comentários carinhosos.Beijo grande e muita paz.

Unknown disse...

as saudades de amanhã que extinguem o ontem-por-acontecer. onde caberá o hoje neste calendário de abismos e estremecimentos?

beijos, taninha!

marlene edir severino disse...

Além das madrugadas...
Importa?

Gostei muito do teu poema!

Beijo, Tania!

AC disse...

Madrugadas
pré-diluviais,
madrugadas
de (re)construção.
Excelente!

Beijo :)

Eleonora Marino Duarte disse...

"um homem que nunca veio",

mas como é bom esperá-lo!

belo, Tanita.

um beijo.