8 de maio de 2013

A dança do coxo









o coxo
chorou vinte anos
no balanço
das pernas desiguais.

não haveria próteses
nem solas especiais
que nivelassem a alma
do homem que veio
pra dançar: bailarino
em tempo integral.

6 comentários:

Ives disse...

A dança produz lindas flores violetas! abraços

Eleonora Marino Duarte disse...

que bonito, Tanita, falar de um tema tão desconcertante quanto a não realização e de forma tão linda. parabéns!


um beijo.

Unknown disse...

desmedida: oh quão dessemelhante



beijo

José Carlos Sant Anna disse...

A poesia é essa apreensão da realidade com esse olhar tão intuitivo, taninha.
beijoss

cirandeira disse...

Em nossa imaginação tudo pode acontecer, sobretudo quando nascemos com uma alma planadora...!

beijos, Tânia

Unknown disse...

de baloiço em baloiço a raspar precipícios no céu.

beijinho!