18 de outubro de 2010

Cetim


Para a mulher a noite é plena.
Do solitário prazer ao choro solto
Dos grilhões mentais aos vôos longos
em vassouras invisíveis pra olhos cegos.
E do manto negro do silêncio
Ela arranca o grito que perfura a noite
em cujo cetim acaricia as coxas.

18 comentários:

dade amorim disse...

Lindo lindo, Tânia.

Beijo pra você.

Bípede Falante disse...

Tânia!!!
Adorei :)
Porque há gritos e cetins nas noites de uma mulher, há, sim!
beijos.

Anônimo disse...

Mulheres e seus dilemas. Por vezes acredito que que vivam em um mundo intectual à parte e decerto bem mais poético. A nós cabe a observação e a reverência, como fiz com as imagens lindas que sua poesia criou em mim, tânia. Mais uma belíssima contribuição sua.

Beijos

Unknown disse...

Acho tão profundo seus poemas, escrito com suavidade e penetrante.
Apesar de não saber analisa-los com técnica.
Abraço

Marcantonio disse...

Eu fico sempre aguardando um poema seu. E esse é tão bonito! Sensual feminilidade em expansão quase metafísica, contrastada na noite, fundo que reúne as luminosidades súbitas do prazer à veladura inquietante da solidão.

Abraços.

Unknown disse...

dulcíssimo,


beijo

Maria Emilia Xavier disse...

Que delicadeza para descrever a intimidade... o interior... que toda mulher resguarda e algumas, muita vez, nem se permitem viver.
Perfeito e muito belo Poetiza.

Al Reiffer disse...

Belíssimo o teu blog, parabéns, vou acompanhar. Abraços!

Unknown disse...

"Eu, enquanto isso, ponho
em meu peito sombrio
uma feira sem músicas
com tendas de sombra."

Garcia Lorca cantou as tendas de sombra, sem cetim acariciador.
E a música você inventou com as palavras que escolheu.

Gostei muito, sutil como o tecido.

Beijos.

Zélia Guardiano disse...

Que lindeza, Tania!
Profundo como o oceano e leve como uma pluma! Só você consegue, minha querida.
Vontade de ficar aqui para sempre, lendo, lendo, lendo...
Grande abraço e beijinhos

Jorge Pimenta disse...

tânia, querida,
como é bom passar por aqui e ter novidades. e esta, então... a expressão máxima da feminilidade, onde a sensualidade subjuga o intelecto e as emoções (a matéria de que se deixa fazer, afinal). gritos nocturnos que enleiam, estes.
um abraço!

Sueli Maia (Mai) disse...

Delicado, Tânia e sensualíssimo.
Poema explícito sob a seda de tua poesia.

abraços

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah!

Me pego, parada, admirando a beleza das mandalas - os círculos mágicos que se alternam em formas e tons, do roxo ao violeta, na coluna à margem do texto.

adoro mandalas.

silvia zappia disse...

bello, bellísimo!

besos,Tania*

Costea disse...

Muy bien escrito :). Abracos!

Anônimo disse...

Maravilha, Tania. "Para a mulher a noite é plena." Noites acetinadas, porque alguma compensação tem de haver.
Abs

Gerana Damulakis disse...

Espero seus poemas e quando encontro, me encanto.

vieira calado disse...

Creio ser a minha 1ª visita.

Encontrei aqui um blog variado e interessante.

Saudações poéticas