Arte: Jana Briké
Na cópula das nuvens
um relâmpago
ficou grávido de mim.
Minha alma é
um pássaro que troveja;
meu canto primevo
emergiu nas tempestades
e os gorjeios escorriam
pelas telhas estreitas;
mas a melodia das tragédias
tem a suavidade da seda
e a luminosidade súbita
dos que leem em letras de fogo.
4 comentários:
"a melodia das tragédias
tem a suavidade da seda
e a luminosidade súbita
dos que leem em letras de fogo."
Muito belo!
Beijo.
Da cópula das nuvens
nasce um pássaro
prenhe de poesia.
Belo poema, Tania.
bjs
" Minha alma é
um pássaro que troveja;"
Lindo, isso.
Os momentos mais sublimes são edificados após grandes calamidades.
Como sempre, belo poema!!!!
Paz e Luz!!!!
Essa cópula de nuvens é pulsação, é impulso, é luz e sombra, é pássaro trovejante, mas é também o perto e longínquo que se reúnem na concavidade do silêncio da criação.
Você nunca saiu de mim... sempre me iluminando!
Beijos para todas as saudades!
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