Do 111º Desafio Poético com Imagem - Arte: Pamela B. Chávez
Andorinha
pra ser mulher
abdica do céu
e decepa asas.
Enamora-se
do jardineiro
e encanta-o
com o gorjeio
sob as flores
de azaleias.
O primeiro coito
é azul-metálico
e tremula o corpo
como asas invisíveis.
“Voar ainda é possível!”
– balbucia o pássaro
ao pé do ouvido do amante.
2 comentários:
Belíssimo poema, Tania. Nossas asas não são visíveis e, a nossa capacidade de voar depende muito mais daquilo que os nossos sentidos são capazes de alcançar.
Beijos.
Sempre é possível! :)
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