15 de agosto de 2013

Vertigem



Imagem: Francesca Woodman






Na falta de
alucinógenos,
que a tempestade
de movimentos
regurgite espantos.


Eu giro pra desexistir
ou quem sabe cair
sobre um chão tremulante
bem antes que alguém me veja.

Senhor das curvaturas
das linhas sinuosas
dos ângulos salientes
das almas reentrantes:

apenas me levante
ao fim da vertigem.


15 comentários:

Cris de Souza disse...

Bela oração!

A vertigem se tinge em espanto.

Beijo, Violeta*

(Me vi na segunda estrofe)

Joelma B. disse...

Maravilha de desejo...

beijo, musa das musas!

Unknown disse...

regurgitar espantos:
vou tentar exercitar



beijooo

cirandeira disse...

Curvo-me diante de tua vertigem poética sem desejo de levantar-me!!

beijos (e saudades!)

dade amorim disse...

Um poema provocante, que a gente não pode deixar de ler. Assim como a Cris, também me vi na segunda estrofe. Amei, Tania.

Beijos.

André Foltran disse...

E que vertigem pode
contra tal prece?

Abraço!

José Carlos Sant Anna disse...

Também me ajoelho e faço minha a tua prece, sem deixar que os meus espantos se esmaeçam.
Beijos, minha querida Tânia,

Fred Caju disse...

Massa. Mas é sempre bom garantir que não se faltem alucinógenos.

marlene edir severino disse...

Rodopiar feito dervixe (ou derviche - nunca sei ao certo), mas o certo é que, dizem, é chave para abrir a porta para a energia mais pura que se possui...

E "que a tempestade
de movimentos
regurgite espantos."
Pois!
Beijão, Tânia!


Ira Buscacio disse...

suas imagens e poemas são minhas viagens mais alucinantes. deito-me nesse seu chão tremulante sem jamais querer sair

bj,moça do bem, minha queridaça

na vinha do verso disse...


cair de levitar


belo poema Tânia

Márcia Luz disse...

Reitero os dizeres da Cris e da Dade.
Beijosssss

AC disse...

Vertigem de espantos, ou o agitar de interiores caminhos.
Em grande, Tânia!

Beijo :)

Unknown disse...

poema que volteia, assim mesmo, escarpado, destemdido, a atear estradas de luz por onde escureço e me deito devagar: antes dela... o início da viagem.

poema-vertigem que con-vida a rodopiar no balanço das palavras e dos sentidos, querida amiga. e como os músculos distendem num sorriso pleno!

beijos, taninha!

Domingos Barroso disse...

e há de levantar-se para que depois mais vertigens lhe sigam pelas vértebras
...


beijo carinhoso,
querida Tania.