29 de agosto de 2013

De olhos fechados


Desafio Poético com Imagens - Arte: Diego Dayer






Enxerga
O sonho
Pelo lado
De dentro.

Não mais
Constrição
E dilatação.

Sístole e diástole
Aproximam as estrelas:
Midríase e Miose
São reflexos de
Amores escuros.

Acorda e vê
Sob a cortina
De franjas ciliadas
A estrada que te levará
Ao sol vermelho
No centro do teu peito.



11 comentários:

Unknown disse...

É como um poeta amigo fala sobre si mesmo, ele diz:
SER POETA


Não te apaixones por mim, disseste um dia,

num momento.

Um poeta não se tem, não se possui, nem se guia,

ele é o vento.

É o sentir, o amor, é a noite e também o dia

e o lamento!

O céu, as estrelas o Universo - a luz que envia,

do firmamento.

Um poeta não se tem – ele é tristeza e alegria,

em breve momento.

Porque ele é sonho, sortilégio ,também magia

e desalento.

Tão grande assim, em limitado espaço fenecia.

Não no pensamento

Aí é o seu trono, o seu reino, algures de algum dia.


Hélder Gonçalves, Poeta e escritor Português.
Abraço

Primeira Pessoa disse...

é a Estrada.
é a viagem.

isto.

r.

André Foltran disse...

É preciso
inverter
a órbita

(trocar
o sexo)

clamar
o oposto.

- Belo poema!

Unknown disse...

no centro do peito
este rubro
em viagem que flameja



beijo

Samuel Balbinot disse...

Boa tarde Tania Regina.. ficou muito boa a tua poesia.. acho primoroso os versos brancos e curtinhos ainda por cima.. eu só sei fazer coisas rimadas.. quem sabe um dia me liberto um pouco delas.. lindo dia até sempre

Cris de Souza disse...

De olhos fechados pode ser ver longe...

Beijo, Violeta!

dade amorim disse...

O sol vermelho no centro de um peito é uma perfeição, Tania.

Beijo.

Fred Caju disse...

E além do sol vermelho, o Bluebird do Bukowski!

Cecília Romeu disse...

Taninha,
muito belo!
Linda a imagem do sol vermelho, aquele que entra a bombordo do nosso corpo e faz canção sem nota musical.

Seguirei te lendo lá pelo faceb. farei uma breve pausa da blogosfera, mas fiz questão de vir aqui antes disso.

Grande beijo e ótimo fim de semana!

cirandeira disse...

De olhos fechados ou não, teus poemas percorrem cada vez mais horizontes para além do sol!

beijos, querida!

José Carlos Sant Anna disse...

Não precisa tê-los inteiramente abertos, vês muito longe, há sempre manhãs claras no teu peito...
beijos, Taninha,