Imagem: Erin Mulvehill
A pele de vidro
Me recusa as mãos.
Quero a carícia
Sem corte
E as florescências
Na ponta dos dedos
Que conheço do meu mundo.
O paradoxo
Dessa fronteira
É a transparência:
Dois mundos opostos
Divididos pela
Pele de vidro
Que me corta a carne.
Quero de volta
A pele que escuta
Pelos poros e que
Guarda segredos
Por dentro das veias.
Quero de novo
A dúvida como lei
E um rei ébrio de poesia
A governar todos os homens.
Peço que me deixem ir.
Quero voltar para o lugar
De onde eu parti.
Por favor: tirem-me daqui!
4 comentários:
estes teus cantos desatam nós
tão vítreos
beijos
Bela poesia.
há anseios que são percebidos apenas sob luz negra!
beijos, querida poeta musa!
Este canto de anseios seduz o leitor. Esta organização da música, do ritmo e da palavra tocados pelos teus anseios desce no fundo da lama do leitor. Acho que você é uma bruxa!
Beijos Tânia,
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