2 de abril de 2013

As órbitas escuras de uma anciã






quando
a pele
de uma mulher

racha
uma velha vem
e escreve com rugas
tudo o que a outra
nunca soube entender.

porque não há tempo
porque não há ontem
porque não há hoje
e nunca haverá amanhã.

é essa mesma
que hoje te come com os olhos
que te espreitará silenciosa
pelas órbitas escuras da anciã.

8 comentários:

Jota Effe Esse disse...

Que belo poema para reflexão! Meu beijo.

Unknown disse...

a pele seca em ontens
todos os amanhãs




beijo

Anônimo disse...

Uma bela canção em forma de poesia, Tânia!

Você arrasa nas imagens!

Beijo!

José Carlos Sant Anna disse...

Por isso, devemos estar atentos aos pequenos brilhos.
beijoss,

cirandeira disse...

Sabedoria, Tânia. Muita SABEDORIA!!

um beijo

Ira Buscacio disse...

Divinooooooooooooo! bj, minha queridona

Unknown disse...

até a pele encolhe enfeitiçada pelo teu verso, taninha. ah, que saudades de amanhã!

beijinho!

silvioafonso disse...

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Quisera eu, areia dos olhos
ressecados, ficar e mudar o
giro apressado do mundo. Qui-
sera eu lamber teus pés da
mesma forma que tu, mulher de
todas as luas, quando na cres-
cente fazes questão de lamber
os meus...
Quisera eu poder ficar e não
ter que ir. Quisera eu deitar
no teu colo e sob os teus be-
los seios olhar o teu rosto
para só nos teus olhos admi-
rar e entender o porquê das
fases da lua.

silvioafonso








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