3 de fevereiro de 2011

Antigo poeta



O mais antigo dos poetas
Friccionou pedras
E fez arder a palavra-semente
Sílaba incandescente
Mãe do primeiro verso.

33 comentários:

Jorge Pimenta disse...

ora aí está a grande verdade. mesmo sem artifícios de linguagem ou requintes de boas-maneiras, nesse então era homem e, por isso, tinha coração e sentia. o que mais faz falta para fazer "arder a palavra-semente"?
beijinho incandescente, amiga!
p.s. as pedras são o primeiro grande objecto poético de que há memória. antes mesmo da criação do homem e da invenção da poesia.

João A. Quadrado disse...

[como se fora a palavra, filha maior da poeira e cauda de cometa,

na página em branco o principio do todo que temos por universos, únicos versos]

Abracimenso, Tânia

Leonardo B.

Unknown disse...

Lindo, Tania Regina!

Claro! Tão óbvio que esqueceram do poeta e ficaram com a semente e o fogo!

Bravíssimo!

Beijos

Mirze

Unknown disse...

É realmente você foi buscar nas remotas pedras inspiração para poetizar e fazer arder a palavra semente.

Abraço

Maria Emilia Xavier disse...

Perfeito amiga.Realmente tudo começa com esse fogo, a luz que ele espalha nos leva à criação.

AC disse...

Tânia,
Foi, com certeza, um poema de júbilo. E a corrente nunca mais cessou.

Beijo :)

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

se não fosse essa poeticidade creio que não teriamos deixado as cavernas, o poeta via fogo onde todos viam pedra

Anônimo disse...

Palavras são assim mesmo...
um encontro já cria faísca...
e um incêndio de talento começa...
Adorei
Beijos
Leca

Marcantonio disse...

O espanto, o inusitado, o mágico. Prometeu, então, deu de presente aos homens a linguagem e o fogo roubados aos deuses.

Sim, sim. Fogo e língua têm algo em comum, têm duas faces, uma voltada para o mundo da prática, das relações de poder, para o concreto. A outra voltada à fantasia, à imaginação, à magia; é quando a língua se incendeia e o fogo parece falar da origem de tudo.

Um beijo, Tânia.

Evanir disse...

Eu fiquei muito feliz em conhecer seu espaço ja sou sua seguidora .
O encanto e a magia dos poemas aqui postados da nos o direito de sonhar.
Um feliz final de semana .
Um beijo carinhoso,Evanir.
www.fonte-amor.zip.net
E..

http://www.aviagem1.blogspot.com/

ju rigoni disse...

Afe, que coisa mais linda, Tania!

A gênese das gêneses... Do fogo às asas...

Impossível ficar imune às imagens perfeitas desse poema.

Inesquecível. Amei!

Bjs, querida poeta. Bom fim de semana. Inté!

Luiza Maciel Nogueira disse...

que sacada hein! E o fogo surgiu, da palavra-semente!

Beijos

Carla Diacov disse...

mãe e mão e mãe da mão do primo verso!


lindo duma beleza compacta com-pactuada na origem de todo o versar que pode a mão!


)frô-violeta, te linkei lá nos nichos e nos outros meus...veja lá se tá certim e do jeito miló!?(


beijos de vasinhos1

Unknown disse...

Tania, poema inaugural este. "Palavra quando acesa não queima em vão",


beijo

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

que inveja do mar, do sal e da sereia encantada com Victor Hugo

Rita Contreiras disse...

As pedras guardam registros do início de tudo. A poesia secreta de tempos diversos...

dade amorim disse...

Um achado, esse poeta primordial.
Beijo pra você.

Bípede Falante disse...

Tania, ouvi esse rugido, esse gemido, esse suspiro, ah, ouvi bem aqui dentro lá onde vive a primeira e eterna chama.
Que bonito, que forte e que inteligente!
beijos

Anônimo disse...

A mais recente poetiza
Viu nas pedras, a poesia
Na fricção, os versos
Que se arderam em palavras
A ecoar a semente de um novo tempo
Afinal,
As pedras falam
E à poetiza cabe pontificar,
Traduzir em palavras,
O que antes estava velado,
Em prosa,
Verso e
Poesia
Velando-a novamente...

Obrigado pela viagem!

Bjo.

Sam

Luciana Marinho disse...

cinco versos... as cinco pontas de uma estrela! quanta cintilância em tuas palavras! beijo! beijo!

Cris de Souza disse...

esse poema é um achado.

admiro-te!

beijo, tania.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Tania,
Seriam essas, as primeiras pedras no meio do caminho de um poeta?

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.

Malu Machado disse...

Olá, peço licença para chegar no seu espaço. Adorei tudo o que vi até agora. Volto com mais calma para saborear poesia.

Lindos versos, parabéns.

Moisés Augusto Gonçalves disse...

Amei esses versos...
Friccionar pedras...fazer arder a palavra-semente...
Convidam a grandes mergulhos!

Sônia Brandão disse...

E esse fogo primordial continua a arder em nós.

bjs

Zélia Guardiano disse...

Tania, Tania: como pode ser isso? Com tão pouco, dizes tanto, e tão lindamente...
Encantou-me, querida!
Beijos da
Zélia

Fred Caju disse...

Sabe que eu fiquei uns cinco minutos pensando no que iria escrever aqui? E ainda não sei o que escrever, e como isso é bom!

Adriana Riess Karnal disse...

a palavra primeva arde em nós. lindo poema.

silvia zappia disse...

palabra
ancestral
mágica
primigenia*


besos (y me siguen llamando tus círculos mágicos)

Kenia Santos disse...

Que coisa linda para se ter em mente. O primeiro verso, e todos os que vieram depois dele, o que teria sido deles sem a vontade humana de dizer algo.

=)))

Beijo beijo beijo!

Neuzza Pinheiro disse...

me perdoe, prezada Tania
eu,
caramujo espiral
enroladíssimo.

Tres violet(r)eiras
e meu cacto
agora
te seguimos

grande abraço!

NãoSouEuéaOutra disse...

Ele era incrivelmente Humano!!!

Alex disse...

ele era incrivelmente incrivel