Entendo a Adélia... Muitas vezes não me conformo em não ver por detrás do óbvio, mas acontece. E o que fazer?
De vez em quando Deus me tira a poesia,
Olho pedra, vejo pedra mesmo.
O mundo, cheio de departamentos,
não é a bola bonita caminhando
solta no espaço.
(Adélia Prado)
47 comentários:
Essa Adélia é senhora de muitos encantos. abraço
E eu, que não consigo ver o óbvio? Fico exausta, procurando poesia na dor, no sofrimento, no nada... Queria viver alguns dias ao menos com um frio olhar blasé, onde pedra fosse pedra. Para descansar.
Beijo, Tânia!
Grande beijo, Assis, obrigada pela presença!
Renatinha, ver somente pedra na pedra é incômodo demais, nem queira.
beijão par você
Tânia
Mas, Tânia, será? Como esculpir sobre a pedra as imagens que acalentamos se antes não a vemos como pedra? Imagens que nos surgem de não sei onde, nem com que asas, mesmo quando andamos sobre pedra, mesmo quando há a pedra no meio do caminho. Estou sempre tentando impor a memória de Dédalo contra a fama de seu filho, Ícaro. Ele criou as asas que transpuseram o labirinto, e Ícaro malbaratou o sonho de libertação, derretendo-o. Afinal, não é bom misturar um pouco da pedra de João Cabral ao vôo da Adélia? Dar asas às pedras. Esse seu post dá o que pensar! E sentir.
Abraço.
Que capacidade de tirar de pedra a poesia e de ser poeta contra tudo e contra deus.
Acontece a todos. Eu procurei outra forma, que não a crônica, para soltar as feras de dentro de mim, hoje faço quadrinhas, prosa poética - não são trovas e nem poesias, não as sei fazer - enquanto aguardo a volta da sofreguidão de esparramar no papel palavras que quando juntas se unem e dão sentido ao meu pensar.
[é um pouco mais de incenso no universo, um pouco de asa partida de pomba, que urge ao poema curar]
um imenso abraço, Tânia
Leonardo B.
Marquinho, salva-nos da aridez do olhar os amigos poetas. Socorrem-nos. Vem-me você e as pedras voam. Voam pesadas hoje, desgastadas pela secura do tempo, mas voam.
Obrigada por vir...
Beijos,
Tânia
Bípede, ser poeta contra tudo e contra deus - fiquei pensando...é reafirmar a própria divindade dentro do seu templo mais sagrado: o interior de nós mesmos!
Beijo grande pra você!
Maria Emília, sim, às vezes é preciso encontrar outros caminhos, outras saídas, porque há sempre algo que pede passagem, nem que seja o silêncio.
Beijão pra você,
Tânia
Leonardo, quem sabe a asa partida seja tão poema quanto a asa curada, e eu que não sei ainda.
Sua presença é sempre luz, caro poeta!
Beijo,
Tânia
Grande Adélia! Eis uma verdade difícil de ignorar. Há momentos em que é muito complicado olhar para dentro e encontrar um eu disposto a reagir poeticamente ao que o mundo escancara. Assustador... Mas veja que até essa triste constatação Adélia transformou em poema. Esperança...
Bjs, Tania, e inté!
Amigo
Meu amigo pena
Mas que não pena por algo
Que não seja um penar pensado.
Meu amigo pensa
Mas que não pense por algo
Que não seja um pensar penado.
Porque nada que não valha a pena
Deve ser pensado pensa nisso.
Porque nada que um pensar não valha
Deve ser penado.
Roberto Queiroz
Uma visita amorosa na beleza da poesia de seu espaço.
Com amor da Fada do Mar Suave.
Profundo. O mundo está cheio de departamentos. O homem cria os departamentos para tudo. Começando pelo número 0800, tudo precisa de outro número a seguir, e tudo fica complicado.
Feliz aos receber suas cores! Obrigado.
ai, ai, ai....eu sei o que é isso, a pedra ser pedra, nada nos levar a lugar algum....
mas é assim, como vc disse, tem dias assim
Oi, Ju, pois é: o olhar cru virou poema de Adélia, preciso aprender a transformar minha aridez em poesia!
Beijos e brigadu pelp carinho de sua presença.
Beijos,
Tânia
Fada do Mar Suave, uma poesia esse nome e combina com sua presença doce.
Beijão pra você!
Tânia
Oi, Machado, fico feliz eu de recebê-lo por aqui. É verdade, é muito departamento e muitos números - nossa!!! rs
Beijo, querido
Walkiria...tem dias assim, fazer o que, né? É olhar a pedra procurando algo sem achar e encontrar só e só pedra!
Beijo, querida, obrigada pela sua presença (que posso dizer "marcante" rsrs, porue é).
Adélia sempre intensa se perder sua sensibilidade...
Agradecido pelas visitas ao Rembrandt
abraço
Abraços a você Juan, gosto muito de ir ao Rembrandt.
Adélia... estou entendendo sua linhagem poética.
E livro, sim. Tudo tem que acabar em livro.
Será mesmo Gerana..,Acho que não...vamos ver..
Beijos
A Tânia encontra sempre forma
de transmitir mensagens. É sábia.
Beijinhos/Irene
uma poesia que um dia me marcou por uma pessoa me ter falado e lido muitos dos seus poemas. um beijinho.
Silenciar
recolher.......e aguardar
Se bem...
que eu sinceramente vejo poesia tb aqui
afagos
oi linda passei para te desejar um bom fim de semana e desculpar-me da minha ausência beijos
"Olho pedra, vejo pedra mesmo." esse verso seria festejado por Fernando Pessoa, que certamente diria se Deus quisesse que uma pedra não fosse uma pedra não teria feito ela pedra.
Com minha desculpa poética
Abraços
Irene, beijos pra você, querida, grata pela presença!
Alice, sempre há os poemas que nos marcam...Alguns de Adélia deixaram suas pegadas no meu caminho.
Beijo e obrigada pela presença
Denise, seu olhar é poético, faz a poesia onde pousa...rs. Beijos, querida!
Anita, bom fds pra você também! E está desculpada..rs Beijos
Fernando e Adélia....eis aí olhares singulares sobre um mesmo tema.
Obrigada pela presença, Ediney. A morte do Damário deixa várias lacunas!
abraços,
Tânia
Roxo-Violeta, uma cor simples e bela, assim como os momentos reais e poéticos! (Risos!...).
Obrigado pelas suas belas palavras!
Adélia sabe q às vezes uma pedra é só uma pedra, ela, sábia, leu Freud: às vezes um charut é apenas um charuto.Gstei de teu blog.
Machado, obrigada pela tua presença aqui.
Abraços
Ninguém enxerga as entrelinhas o tempo todo. Temos a mania de não enxergar o que é nosso de tanto observar o outro! A poesia que há em nós mesmo é coisa pro infinito!
Adorei, Tania!
Beijos!
Adriana, grata pela visita. Estive visitando você também.
Beijos,
Oi, Pablo, é verdade, observamos tanto o outro que perdemos boa parte de nós.
Grata pela sua presença sempre carinhosa.
Beijos,
Tânia
Acontece. Mas, prefiro os dias em que vejo poesia até em pedras frias. (sorrio).
Abraço do Jefhcardoso e obrigado por seu carinho ao meu pequeno blog!
Vc não se arrependerá de conhecer Garanhuns, a cidade das flores. Valeu a visita!
gosto muito desse poema Tânia. um beijo
Existem momentos em que o nosso coração veste a couraça deste tempo pesado, e esquecemos-nos que a verdadeira vida está para lá do nosso sentir momentâneo
beijinhos
Oi, Jef, também prefiro os dias em que as pedras voam! rs
Abração pra você!
Abração, Luciano, deve ser mesmo bela, se há flroes...hum...não há como não ser.
Abraço,
Tânia
Beijo, Gisela. Adélia é maravilhosa, sim.
Menina é a primeira vez que faço uma visita ao seu blog, e só tenho uma coisa a dizer Gostei vou seguir seu blog. e vou voltar, mesmo a distancia adorava que fizesse parte das minhas eternas e doces flores que são as minhas amigas e amigos.
Um Beijo
Santa Cruz
E a bola feia caminha com beleza?
Olá,
Tive contato com o teu blog no da Luciana dos Santos.
Agora vim conhecê-lo e seguí-lo.
Apenas a lamentar a partida de alguém, por certo, querido de muitos.
Desde já és convidada a visitar o meu.
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz
Santa Cruz, estou lá, já visitei sua casa e estou seguindo-o.
Grande abraço,
Tânia
Cristiano, talvez haja beleza na bola feia...rs
Beijos
JP, agradecida pela presença, já estive na sua "casa" e também lá agradeci-lhe pela atenção e gentileza.
Abraços,
Tânia
Que delícia descobrir este blog violeta!!! TAnta leveza, tantos matizes, tanta poesia! Deixo abraços alados lilases.
Postar um comentário