3 de abril de 2017

A melancolia no espelho




Não
Não é belo
O meu poema
- De vísceras
Entranhas
A estranha
Poeta que nem
É poeta.
Ás vezes
Me leio
Cheia de
Espantos
E de lanterna
Acesa, porque
Fico escura.
Meu poema
É feio
De feiúras
Minhas.
Olhos
Tortos
Sangue
Pisado
Nenhum
Perfume
Na pele.
Na parede
É espelho
Refletindo
Melancolia.
É feio e nem por
Isso o desprezo
- Ver-me na beleza
De minha feiura é
Uma espécie de cura.

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