13 de janeiro de 2017

Da alma, guardo a fome








Não procuro
Pelo nome
O meu Destino.

- Tal como o vivi
Em outros tempos
Vestia-me com panos
E adereços que há muito
Apodreceram sob a terra.

Já não há
As construções
Onde me abrigava.

Esquecidos
Os ritos
Fórmulas
Sentidos
Mas não
A marca
Invisível
No peito

Chamam-me
Pelo nome de
Hoje; estranho
Nome que não
Fala daquela
Que eu era
E sou e serei.

Só os sonhos
Dissolvem as
Fronteiras do
Tempo - atemporal.

Que me guiem ao meu
Destino sem nome
Porque o estômago
Não é o mesmo, mas
É a mesma a fome.



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