10 de novembro de 2016

Ele que me escuta







Não me tirou nada
Nem aprisionou com
Nomes o que era impossível;
Acarinhou com os olhos todos
Os seres inexistentes que me
Acompanham desde o nascimento;
Nunca falou em verdades ou mentiras
E à saída esvoaçou-lhe uns fios de cabelos
O meu devaneio ruflante
: Cúmplice, sorriu, ajeitando as madeixas
E no fundo eu sabia que ele também sabia.


2 comentários:

Breve Leonardo disse...


[entre a palavra e a palavra,
a presença que não exige

ausência.]


imenso abraço, Tania

bL

Primeira Pessoa disse...

sim, ele também sabia.