21 de junho de 2016

Todas as outras sangram






Da luz
Priva-me
A inteireza
– Ser uma é
Um cárcere
De certezas vãs.

Estilhaço-me
Em rubras feições
Réstias de assombros

Em pálidas manhãs.

2 comentários:

Marcantonio disse...

Parece que não há poeta que não perceba essa pluralidade dentro de si mesmo, não é?

"Ó pavoroso mal de ser sozinha!
Ó pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas almas a rir dentro da minha!..."

Florbela Espanca, até ela.

Muito bom, Tânia!

José Carlos Sant Anna disse...

Aqui a poesia sempre fez escola. Dessangro ao ler-te novamente, saudoso.
E começo a desfazer o silêncio ou começo a emergir do silêncio. Não importa!
Um beijo, minha querida Tania!