30 de janeiro de 2016

Lendas aladas: a vermelha paz





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Nenhuma veia
Nenhuma artéria
Nenhum vaso
Conduz sangue
Branco
Azul
Dourado.

Houve um tempo
Em que a paz
Era feita de paixão
E delirantemente ardia
sem harmonia de vontades
sem anêmicas concórdias.

A paz
Sobrepunha-se
À lucidez e à razão
Avermelhando a Lua
: tímido rubor de
neófitas fêmeas.

Houve um tempo
Em que a onomatopeia
Da paz eram gemidos
Prazeres soluçados
Sob o rubi noturno.

Depois vieram eles
Tiranos misóginos
Forjadores de uma
Branca paz desencarnada. 





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