17 de dezembro de 2014

Onde talvez exista um sexo azul



Imagem encontrada no Google







No Além
O Bem e o Mal
Despem-se do
Uniforme terreno
E tão nus se amam

Deus e o Diabo
Seduzem com o
Mesmo sorriso
Enigmático;

A Fêmea se revela
Pelas vísceras
O Macho pelo crânio;

Um se transveste do outro
Quando copulam às ocultas
E exalam a fragrância secreta
Que a poucos é dado sentir.

No Além o sexo é azul
Bem na fronteira entre
O Ocaso e o Alvorecer.

Morrer é despir-se
Do corpo e mostrar
Pela primeira vez
A verdadeira nudez.


Um comentário:

Graça Pires disse...

Um poema muito interessante, Tania.
Que tenha tido um Bom Natal e que 2015 seja um ano Melhor.
Beijos.