Ária e Coral
( Para Tânia R. Contreiras)
Não canto para encantar as frontes
Nem para abafar o incêndio das pálpebras,
Ou para fazer nevar entre os lábios,
Ou para amortecer o tremor dos queixos.
Canto porque não sei eu mesmo
Chorar ou rir sem cantar,
Como uma engrenagem que range,
Como uma planta que se volta para o sol
Sem intenção de se iluminar.
E eu cantaria sozinho ou louco
Não fosse o canto ele próprio
Um ninho para o humano outro.
(Marcantonio )
25 comentários:
Cantei aqui com tão belo poema!
[Imagina se feito para mim um poema assim...)
Beijos aos dois!
Marlene
"Canto
porque o instante existe..."
Belíssimo, denso.
Poesia pura.
Parabéns.
Vc merece o poema.
"E eu cantaria sozinho ou louco
Não fosse o canto ele próprio
Um ninho para o humano outro."
Perfeito! Belíssimo poema, todo ele en-canto em tom violeta, numa merecidíssima homenagem.
Bravo, poeta!
beijo, Tânia!
[o poema acontece, corre breve onde a palavra nasceu, dum lado ao outro, na outra foz do mundo]
um imenso abraço, Tânia
LB
mais que homenagem, canto de primazia humana, olho e encanto
beijo
Tania !
Com aroma de violetas ou não receber um mimo do Mestre, é para poucos e raros.
Parabéns!
Beijos
Mirze
Li lá, li cá: a conclusão não mudou. Marcantonio é mestre!
Minha Querida,
A blogosfera sem vc não tem a mesma graça...
Seja com seus poemas, compartilhando o que encanta sua alma ou inspirando outras almas, você faz muita falta com sua poesia e intensidade!
Bjo grande e com carinho
Caro poeta,
Amo a cor violeta.
Adorei a imagem de fundo, como a fez. É um tema padrão?
Tua poesia encanta.Sou apaixonada por mandalas. Tudo me encantou aqui.
Sou psicóloga, psicanalista e poeta.
Espero tua visita no "PALAVRA DE MULHER" e ENCONTRO COM EROS - UMA HOMENAGEM A POÉTICA ERÓTICA"
Saudações literárias,
Anna Amorim
Sumir de vez em quando é bom.
É tanto prazer na volta!...
Beijos.
Essa voz é um ninho de inspiração!
Lembrou-me este:
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
(Motivo/Cecília Meireles)
Muito bom
Belo poema!!!!
Acesse o meu novo blog: http://filosofandobobagens.blogspot.com/
Um abraço,
Filosofo Master,
Quem canta seu mal espanta...dizem!
Mas o Poeta tem outro parecer:
" Eu canto porque o instante existe"
Belissimo!
Beijo
Graça
Que poema belo,
leva junto a alma
da gente
...
"Não fosse o canto ele próprio
Um ninho para o humano outro."
e como é fácil nidificar na sensibilidade segura das palavras de marcantónio ou da tânia.
um beijinho, querida amiga!
Grato pela generosidade de tuas palavras e pelas tuas amáveis visitas.
Abç fra/terno.
Marcantonio e seus poemas sempre encantam a gente.
Um beijo pra você.
Lindíssimo CANTO "ao humano outro".
Parabéns a homenageada e ao Poeta.
"E eu cantaria sozinho ou louco
Não fosse o canto ele próprio
Um ninho para o humano outro."
Um poema de tirar o fôlego, Tania. Que presente ma-ra-vi-lho-so! E desses últimos versos nunca me esquecerei.
Bjs procê e pro Marco. E perdoa a demora, - continuo enroladíssima com o trabalho. Inté, minha querida. Bom fim de semana.
Se o cantar faz ficar sereno, cante, cante, cante sem parar!!!
Amei o blog, sigo-o com prazer.
Abraços e ótimo fim de semana
Um gosto estar aqui e ler os seus
posts.Desejo esteja bem.
Beijinho
Irene
Querida amiga
Receber um poema,
é se engravidar
de vida...
Que os sonhos te envolvam
a vida, sempre...
o canto e o encanto, taninha.
é do marco e de ti mesma que falo :)
beijo para ti, querida amiga; salvé, marcantónio!
tava pensando numa bobagem aqui e queria castigar o poeta...
que tal se ele tivesse que responder "mileuma oerguntas"? rs
zé de assis é um sujeito lindo, que escreve muitíssimo bem.
das muitas pessoas que conheci na blogosfera, é um daqueles que sei que é pra sempre.
ele é daqueles que, sinto bem fundo, seria parceiro inseparável caso a geografia não fosse um problema (e é!).
adoro esse sujeito.
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