31 de março de 2011

Um ano de Roxo-violeta


No sábado completará um ano que fiz o meu primeiro post no Roxo-violeta – “Meu novo vestido é roxo” –, onde homenageava, inclusive, a misteriosa Mulher de Roxo, personagem lendária de Salvador que tanto me atraía e que ainda vive no imaginário popular, mesmo tendo se passado 14 anos de seu falecimento. Nesse período, tanta coisa aconteceu, tantas vidas pude viver... Há um novo vestido roxo hoje, mas há também novos vestidos de novas e diversificadas cores. A maioria daqueles com quem convivo hoje por aqui provavelmente não leu o primeiro post do Roxo. E é voltando a ele que comemoro um ano de aprendizados e tantos encantamentos. São muitos os Poetas que aprendi a conhecer e a admirar através do blog. Sou muito grata aos que escrevem e me fascinam. Aos que imaginam e me arrebatam. Aos que me vêm fazendo companhia até aqui. Obrigada.

Meu novo vestido é roxo

Meu Roxo-violeta marca um novo momento em minha vida. Inquieta, já deixei para trás outros blogs, e eis que estreio este justamente quando, mais uma vez, me reinauguro, confiante em que a maturidade haverá de conseguir transformar a inconstância em versatilidade, porque no fundo, no fundo não mudamos naquilo que nos é essencial, apenas – e sabiamente – procuramos novas formas de continuar sendo quem somos. O nome do blog veio como símbolo de um momento em que a proposta é procurar viver da forma mais autêntica que me for possível (e espero que eu consiga o máximo disso!). Serviram-me de inspiração um poema de Jenny Joseph que li há algum tempo, do livro A Deusa Interior, de Jennifer Barker Woolger e Roger J. Woolger (Editora Cultrix), chamado Advertência, e também a história real de uma personagem lendária de Salvador, A Mulher de Roxo, que tanto mexeu com o imaginário popular e que por alguma razão ocupava boa parte dos meus pensamentos na época em que eu a via. Abaixo, postarei o poema e um artigo sobre essa figura mitológica, ambos simbolizando esse momento que me convida a experimentar todas as possibilidades de traduzir-me a mim mesma e ao Outro. Acredito que a vida real começa quando nos propomos, sem receios, à singularidade; quando entendemos que habita em nós uma multidão se seres que precisam de voz. E é, sim, possível falar todas as línguas – algumas esquecidas – que aprendemos ao longo de nossa Jornada. Eis o poema, eis a enigmática mulher que me traz uma mensagem ainda não decifrada completamente...Quem sabe me dirá, a qualquer momento, algo que ainda não pude ouvir?




Advertência




Quando eu for velha, vou me vestir de roxo


Com um chapéu vermelho que não combina e não me deixa bem.


Quero gastar minha aposentadoria em conhaque, luvas de seda


E sandálias de cetim, e dizer que não temos o dinheiro da manteiga.


Sentar-me no chão quando estiver cansada


Devorar amostras nas lojas e apertar botões de alarme


E raspar minha bengala pelos gradis das ruas


Para compensar a sobriedade da minha juventude.


Sairei de chinelos na chuva


Colherei flores em jardins alheios


E aprenderei a escarrar.


Poder usar blusas medonhas e deixar-me engordar


E comer dois quilos de lingüiça de uma só vez


Ou apenas pão e picles por uma semana


E estocar canetas e lápis e bolachas de chope e coisas em caixas .


Mas por ora devemos ter roupas que nos mantenham secas


Pagar nosso aluguel e não xingar pelas ruas


Dando bom exemplo para as crianças


Temos de convidar amigos para o jantar e ler os jornais.


Mas e se eu pudesse ir praticando um pouco agorinha mesmo?


Para quem me conhece, não fique chocado ou surpreso


Quando eu de repente for velha e passar a usar roxo.


(Jenny Joseph)




Mulher de Roxo foi a personagem lendária de Salvador




Sempre de roxo, com roupas que lembravam o hábito usado pelas freiras, ela costumava perambular e dormir pela Rua Chile e imediações. Teria nascido em 1917 e morrido em 1997, aos 80 anos. Dizem que foi moça instruída, de boa família e que teria enlouquecido por causa de uma grande desilusão amorosa. O final da vida da Mulher de Roxo foi triste, assim como a sua imagem em vida, marcada pelo abandono de todas as coisas.A história de Florinda Santos, a conhecida Mulher de Roxo, se transformou numa lenda urbana, uma figura mitológica conhecida por todos da localidade. Não importava se o dia era de chuva ou de sol, ela nunca faltava. Era só as portas do comércio da Rua Chile abrirem e dona Florinda já se encaminhava para a entrada da Slopper. Vestido com roupa de veludo violáceo, iniciava o ritual diário. Andava de um lado para o outro, falava sozinha e sempre pedia dinheiro. Tudo com muita educação. Afinal, dizia-se que a Mulher de Roxo, personagem dos tempos diários do centro da cidade, vinha de boa família.Andava descalça com longas mantas, um torço e um enorme crucifixo. Tudo isso dava a ela um ar meio santo, meio louco, meio andarilho e meio mendigo. Algumas vezes a dama desfilou com uma roupa de noiva, com direito a buquê, véu e grinalda. Com todos esses componentes cênicos, contraditórios e demasiadamente humanos, a mulher de roxo despertou sentimentos em toda a cidade, medo e respeito, pena e carinho.Qual sua origem? Poucos sabem direito. Uns defendem a tese de que havia perdido a fortuna e enlouquecido; outros apregoavam que teria visto a mãe matar o pai e depois suicidar-se; terceiros garantiam, ainda, que ela perdera a filha de consideração e a casa, na Ladeira da Montanha, numa batalha contra o jogo. Outros ainda contam que ela enlouqueceu porque teria sido abandonada no altar. Em outros depoimentos,. Aparece como uma bela mulher, a mais cortejada dentre as freqüentadoras do chá no final da tarde na Confeitaria Chile e como ex-professora em Paripe. Florinda, que nunca contou a ninguém, sua verdadeira história, perambulava com suas vestes roxas, inspiradas nas roupas das suas santas de devoção.Vestida de freira, circulando livremente pela rua mais badalada de Salvador. A estranha indumentária, que incluía ainda um grande crucifixo, a transformou na Mulher de Roxo, a principal lenda urbana da capital. Foi assim que Florinda, a mendiga que jurava ser rica, passou a ser a personagem lendária, surgida, do nada, em frente à loja Sloper, nos anos 60 do século XX, em Salvador. Quando se enfeitava, com maquiagem forte no rosto e nos lábios, ela usava o espelho retrovisor dos automóveis estacionados. Como sanitário, servia-lhe qualquer território mais calmo. A Rua Chile era sua verdadeira casa, seu mundo, seu reinado. A intimidade com a rua era tão grande que ela sempre andava descalça. Na fachada da loja Sloper, localizava-se o seu trono de sarjeta. Na Rua Chile, chegava sempre muito cedo, circulava pelo centro e só recolhia o seu saco preto ao meio-dia, quando almoçava. Ao final do dia, voltava, andando, ao albergue noturno da prefeitura, situado na Baixa dos Sapateiros.Muitas reportagens foram publicadas na época sobre a mulher de roxo ou dama de roxo. O jornalista Marecos Navarro gravou uma entrevista exclusiva com ela e é um dos raros documentos em que é possível ouvir a voz de Florinda. Em 1985 o cineasta baiano Robinson Roberto documentou um vídeo em Super 8 em que a mulher de roxo diz morar no albergue há três anos, e revela pertencer à família Rainha Princesa. Foi também personagem retratado na Galeota Gratidão do Povo, painel de 160 metros quadrados pintado por Carlos Bastos, que decora o plenário da Assembléia Legislativa.Ela era tão cinematográfica que até inspirou um personagem do cineasta Glauber Rocha no filme O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969). A moça de manta roxa do filme era baseada na lenda viva da Rua Chile. Ela também inspirou o documentário A Mulher de Roxo, produzido pelo Pólo de Teledramaturgia da Bahia. O vídeo de 12 minutos, dirigido por Fernando Guerreiro e José Américo Moreira da Silva, mistura documentário e ficção. Haydil Linhares é uma das atrizes que vive Florinda Santos, a Mulher de Roxo. A personagem lendária da Rua Chile hoje é só lembrança. Se em vida foi famosa ou anônima, rainha ou plebeia, foi uma lenda urbana de Salvador. Enclausurada em si mesma, ninguém conheceu sua verdadeira história, de riqueza ou pobreza, de princesa abandonada no altar ou professora. Talvez ela fosse tudo que sempre queria – uma personagem lendária que sobrevive no imaginário popular. Longa vida para essa dama/santa com sua aura de mistério. (Gutemberg Cruz) .


Agora é violeta!

54 comentários:

O Neto do Herculano disse...

Que venham outros aniversários,
outros vestidos.

ॐ Mara Bombo ॐ disse...

Parabéns minha querida amiga!!! muitos beijinhos rubros na sua alma linda!
Mara

silvia zappia disse...

feliz cumpleaños, dejándote besos de todos los seres que me habitan.

maravillosa historia popular la de la mujer de rojo! y hermosa la Advertencia.

te abrazo*

Marcantonio disse...

Verdade, eu mesmo não li os primeiros posts. Aliás, pensava que o Roxo-violeta fosse anterior ao Diário Extrovertido.
Tanto o poema quanto o texto falam do que é estar além das convenções. E eu sempre senti isso nas suas postagens e comentários, Tânia, essa inquietude e busca pela vida real onde "nos propomos, sem receio, à singularidade". Essa ânsia tão própria das sensibilidades que não querem ser reduzidas ao padrão tão superficial vigente no mundo atual.
Que venha mais um ano significativo e fecundo, com pleno exercício de autenticidade.

Beijo.

Sandra C. disse...

Nossaaa...
Quando te encontrei num outro mágico lugar nem imaginei que fosse minha conterrânea!!!
E como num passe de mágica virtual (ou apenas um clic),deparo-me com essa imensidão de meu lugar aqui nesse teu lugar cor de perfume de jardim e para completar, esse encanto de relato desse ser Elemental ,que mesmo nunca a tendo visto,sempre admirei e busquei a finitude ao seu bombardeio de inconscientes interrogações às nossas mentes...Que lindo.lufada de humildade e bom gosto...Feliz em encontrar-te.

Seguirei (e olha que é perto,viu? rss)

Abraços no coração

Unknown disse...

Que vinguem novas primaveras a ti e a teu espaço virtual. Não conhecia essa tua primeira postagem sobre a mulher de roxo, da qual eu tenho uma viva lembrança do período em que morei em Salvador. Na minha memória ainda a vejo transitando sob os olhares desconfiados e constato que nunca ouvi sua voz, que cor teria as palavras daquela boca


beijo

Machado de Carlos disse...

É meu sonho conhecer a Bahia. Já tive amigos baianos. Gostaria muito de conhecer Salvador! Dizem: - meu mito é de São Salvador. Gostaria de ter vivido os idos de 1917 e, talvez encontrasse com Florinda Santos.
Mas hoje, infelizmente moro a 1.900 quilômetros de Salvador. O avião poderá romper o espaço com uma rapidez incrível. Então poderei correr pela Ladeira da Montanha. Quiçá encontre a Mulher de Roxo: - um roxo-violeta. Vestida de Anjo!... Entretanto imagino que talvez, a mulher usasse o roxo, mas também aparecesse toda de Azul, apresentando-se como a “Rainha Princesa!”. Talvez pudéssemos dormir abraçados, sonhar juntos lá nas pirambeiras da Rua Chile!
Um belo texto! Uma bela lembrança!...

Bípede Falante disse...

Tania, não é que você é ainda uma menina? :) Amanhã, eu volto com um vestido bonito para comer um pedaço gostoso de bolo!
beijosssssssssssssss

PAULO TAMBURRO. disse...

Ter lembranças como esta é vivenciar angustia e deleitar-se em paz, vida e morte, ontem e agora... e o futuro?

Então, aparecem as interrogações, não conseguimos nos livrar das lembranças, pois, afinal, passamos a ser, simplesmente o que elas representam.

É como se tivéssemos sido abduzidos por um extra-terrestre, falta o chão sobre a memória que muitas vezes são impertinentes, implacáveis e doloridas.

Aqui no Rio de Janeiro, vivemos um tipo destes que nos despertava atenção, revolta,tristeza e um bom exemplo de superação, enfim ambiguidades de emoções incontroláveis.

Seu apelido : Gentileza!

Gentileza viu sua família morrer toda em um incêncio num circo em Niterói,que não era um Cirque Soleil que arrebata o respeitável público, e sim, um circo mambembe de lona furada.

O circo pegou fogo e só Gentileza , se salvou.

Enlouqueceu ,por esta razão, vivia em surtos esquizofrênicos e escrevia em todas as paredes do Rio de janeiro, embaixo de pontes e viadutos, poesias, recados, enfim ...tudo!

E a aua letra era inconfundível, grande, bem retangular e bordada de verde e amarelo.

Gentileza em letras verde e amarelo, por todos os cantos era o nosso roxo-violeta de vocês aí, soteropolitanos.

Rio de janeiro e Bahia, contam a sua história com devoção e reverências a tantos bruxos, magos, sofredores e humanos seres que se superaram e deixaram para nós indeléveis lições de vida.

Cada um no seu quadrado, mas ambos integrantes desta imensa esfera, que ainda chamamos de planeta Terra, quase morrendo, também , como aqueles dois que nos serviram de mémoria, de lições , de exemplos, de virtudes e que , infelizmente , não aprendemos nada!

Um abração carioca e até o próximo terremoto, tsunami, devastação das matas , poluição dos rios e mares,enchentes catastróficas, enfim, até bem breve com ou sem lembramças deste ou daquela.

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

que vc sempre fique roxa de literatura que não perca o mistério da mulher de roxo,
abraços mil anos para vc

Wania disse...

Taninha querida

Na essência não se mexe, apenas – e sabiamente – procuramos novas formas de continuar sendo quem somos.


Que esta tua essência linda que tanto me (nos) cativa continue deixando você ser o que é, porque é isso que encanta na tua escrita!


Vida longa ao Roxo-Violeta!
Bjs e mais bjs, minha querida amiga

Unknown disse...

Pena que apesar de segui-la há muitos nos, não havia lido esse primeiro post.

Amo Salvador e quando lá estive ouvi essa lenda.

Uma beleza de postagem!

Parabéns!

Mirze

Celso Mendes disse...

Antes de mais nada, meus parabéns pelo espaço tão bacana e inteligente que completa 1 ano. Conheci só agora, mas o que vi e li encantaram-me. Essa repostagem comemorativa é muito boa! Desde a introdução e do poema postado, à interessantíssima história da Dama de Roxo. Tudo em harmonia com o clima proposto no blog. Mais uma vez, parabéns!

beijo.

Abstratos Insólitos disse...

O que dizer diante de tanto material? genial, genialmente maravilhoso!

Sônia Brandão disse...

Parabéns! Que venham muitos outros aniversários.
Gostei muito de conhecer a história da Mulher de Roxo.

bj

ju rigoni disse...

Cheguei bem na hora, hein Tania!

Fascinantes esses enigmas que vagam solitários pelas ruas das grandes cidades. Começou muito bem o seu blogue.

Por aqui, tivemos o Profeta Gentileza, que morreu nos anos 90. Ainda me lembro dele vagando pelas ruas do Centro de Niterói, sempre com sua barba longa, sua aparência de beato, reforçada pelas batas que usava. Apenas, - fui testemunha disso algumas vezes -, ele nem sempre agia de acordo com o que apregoava. Sempre acreditei que sua máxima, "gentileza gera gentileza", era, em primeira instância, um alerta para si mesmo. Uma conversa do eu com o "eu". Vez em quando infernizava as mulheres, perseguindo-as pelas calçadas apinhadas de gente, enquanto vociferava por causa das saias curtas ou das calças compridas apertadas. Ficava agressivo, e muitas vezes era preciso que a polícia interferisse. Outras vezes, parecia-me estar conversando consigo mesmo. Tal como a Mulher de Roxo, Gentileza imortalizou-se.

Muito bem escolhido o primeiro poema publicado. Compõe belamente com a história da misteriosa Florinda.

Bjs, querida. Parabéns pelo primeiro aniversário do Roxo-Violeta. Inté!

Jorge Pimenta disse...

taninha, não me recordo se fazia parte desse restrito grupo de seguidores desde a primeira hora, mas seguramente sou dos felizardos que contigo se cruzaram desde cedo. um ano! tão jovem e já tão representativo para tantos seguidores e leitores, como eu.
não sabia a origem do nome do teu blogue. li até ao derradeiro suspiro cada linha do rosto e cada passo perdido da "mulher de roxo" que te inspirou. incrível a história. também em portugal há assim umas quantas figuras que se tornaram lendárias no imaginário colectivo pela sua ternura, o que nos mostra como o homem se faz na relação com os outros e com a própria vida, tantas vezes sendo deles um produto de que não consegue escapar...
belíssimo!
um beijinho, querida amiga!

lula eurico disse...

Uma postagem em perfeita harmonia, desde a introdução, passando pelo poema profundo e reflexivo e com o belo arremate, em boa prosa, sobre a Dama de Roxo.

Parabéns,
e muito obrigado pelas generosas palavras no meu blogue.

Muita paz, amiga.

Primeira Pessoa disse...

taninha,
repetindo aquela manjadíssima: o roxo violeta fez aniversário, mas quem ganhou o presente foram os frequentadores do blog.

manter um blog requer muito mais que paixão. requer paciencia, entrega e até uma certa disciplina. saiba, seu esforço e esmero foram recompensados.

sou um fã do blog.
sou seu fã, mesmo sem carteirinha.

beijo grande do

r.

Fred Caju disse...

Quando eu cheguei por aqui já haviam se passado acho que uns 10 meses, mas espero poder acompanhar os próximos 12 meses umas vinte vezes!

meus instantes e momentos disse...

que bom teu blog.
na internet se navega, no teu blog se passeia.
Que bom tudo aqui.
Maurizio

Márcia Luz disse...

Um poeminha meu de presente de aniversário então:

Reveillon

Manchas de vinho no vestido branco
guardam o cheiro de uva
e os redemoinhos
comemoram o ano-novo.

Beijos!

Bípede Falante disse...

Parabéns, querida amiga :) Longa vida ao Roxo - Violeta!!!
beijinhos

Machado de Carlos disse...

Um dia especial. Um dia de Festa. Ainda bem que hoje é Sábado e, todo sábado pode ser brindado com a alegria com um vinho especial!
Escreva sempre. Você escreve belas idéias!
Um grande Abraço!
Beijos!...

Cris de Souza disse...

seu blog tem um clima místico e perfumado, muito atraente. pretendo acompanhar mais de perto toda essa beleza.

beijo, tania!

Moisés Augusto Gonçalves disse...

Aniversário de muitos frutos. Parabéns, Roxo-violeta!

silvioafonso disse...

.

Foi graças ao Moisés que eu aqui
cheguei. Estendi a minha rede,
tirei minhas chinelas e me deitei
para morrer de amor...

silvioafonso




.

Anônimo disse...

Tania: Que venham mais primaveras para que o teu blog faça anos Parabéns, sabes quando eu for velhinho quero ser aquilo que sou, não posso gastar minha reforma em coisas bobas conhaque eu não bebo só agua. tou a brincar, mas é verdade que eu não bebo conhaque.
Beijos
Santa Cruz

Unknown disse...

Pois é amiga, fazendo 1º ano de Roxo Violeta digo parabéns a você pela postagem, poema e uma verdadeira aula de história da figura que nos deixava intrigado, amedrontado, ou sei lá, constrangido de chegar perto dela. Conheci e cruzei por várias vezes ali mesmo na rua Chile em frente a Fotografa, pois estava ali todos os dias para fazer minhas fotos.
Muito bom mesmo você repostar essa matéria.
Abraço

☆mnemosine☆ disse...

Vida longa
às violetas
ao amor
e à vc....Musa!

Claudinha Antunes BA disse...

Lindona do meu coração!
Tão bom ter podido partilhar tantas delicadezas e profundidades durante este ano... Aqui e ali, lá! Virtual e espiritualmente! Taninha, vc será sempre uma grande descoberta nesta vida! Minha caixinha de surpresas preferida! Bjs e vida longa à sua inspiração! Aqui, ali, acolá!!

Evanir disse...

Querida amiga..
Sei que ja acabou o bolo do niver desse magnifico blog.
Estou aqui para te abraçar desejar que Deus nos de o previlegio de estarmos juntas atravez dessa telinha magica que nos conduz até quase no fim do Mundo.
Meu carinho toda alegria de ser bloueira e amada sempre,beijos meus,Evanir

www.aviagem1.blogspot.com

Gustavo disse...

Como foi bom conhecer este espaço!!

Beijoos!

Gustavo disse...

Como foi bom conhecer este espaço!!

Beijoos!

O Profeta disse...

Vejam! Faço magia!
Com esta caixinha de simples cartão
Não se iludam, nem pombas ou coelhos
Não há truque...perdão!?

E então?! Que emoção
Encontrei algo aqui neste bolso esquecido e roto
Espera aí o que é isto meus senhores?!
Ah...! É uma pedra mágica que pensei ter dado em mar revolto

E vou cantar uma adivinha
Vou desenhar uma ideia minha
Vou inventar uma musica em surdina
Vou dançar sem bailarina


Mágico beijo

Maria Emilia Xavier disse...

Parabéns amiga. Um ano de inspiração maiúscula, onde a criatividade tem um jardim a sua disposição para nos presentear com você.

Srtª Elis° disse...

adorei vim aqu e encontrar essa historia tão bem contada .... mais pena que e triste né...
Um xeroo!!

Wilden Barreiro disse...

deixo meus aplausos e meu sopro solidário para a hora de apagar esta imensa velinha, Tânia.

um ano de blog é uma eternidade, mas você não mudou nada, nada: continua melhor como sempre.

beijos e abraços de roxa admiração!

p.s.: meu blog é o unico dentre os que você segue que não tem seu rosto no retratinho, só aquela silhueta sombria. dos mistérios do blogspot? ou premeditação sua, para enquadrar-se na minha paisagem noir?

Frederica disse...

Uau, cheguei aqui em ótima hora.

Parabéns!

Achei ótimo já começar lendo seu primeiro post, que é ótimo.

Bjs

AC disse...

Tânia,
Parabéns pelo percurso ousado, parabéns por se continuar a desafiar...!
(O poema de Jenny Joseph fez-me lembrar, em parte, Alberto Caeiro)

beijo :)

Zélia Guardiano disse...

Parabéns, minha querida Tânia!
lindíssimo post comemorativo!
Identifiquei-me demais: já cheguei aos sessenta e seis e me apossei de uma liberdade mais ou menos anarquista [rs...]
Por exemplo: tenho uma pequena coleção de chapéus [ o sol me obriga , uma vez que tenho pele alva, alva, de alto risco ] que uso de forma aleatória, sem nenhum compromisso com a elegância...rs...
Mas, afora este fato que lhe conto como curiosidade, encantei-me com o conjunto com o qual você nos brinda.
Enorme abraço, minha linda!

Tuca Zamagna disse...

Parabéns, Tânia.

E que legal ficar sabendo a origem do nome do seu blog. A Mulher de Roxo foi uma das minhas paixões de adolescência, ao lado de outras figuras mitológicas do gênero, como Chico Taquara, o bruxo andarilho da região de Três Corações, e Dona Olímpia de Ouro Preto. Chico já havia morrido quando andei seguindo seus rastros, conversando com pessoas que o conheceram e que sabiam muitas histórias do mágico "domador de pássaros". Dona Olímpia, cheguei a estar com ela três vezes, e na segunda dei-lhe uma sacola cheia de embalagens de balas, bombons e picolés, que ela recebeu como se fossem jóias: usava-as para enfeitar os vestidos e para fazer rosáceas que prendia aos cabelos ou no topo de seu cajado. Mas a Mulher de Roxo eu nunca vi, embora tenha estado duas vezes em Salvador quando ela ainda vivia. Acho que não perdi nada, porque o desconhecimento, no caso dessas figuras mitológicas, comporta o "conhecimento" maior do mistério, do não-explicável.

Beijos

silvioafonso disse...

.

Toda a vez que preciso dizer
que gosto de uma cor eu fico
roxo de vergonha. Qualquer
cor é cor em detrimento da
branca e da preta que dão
suporte as maravilhas do arco
íris, ao nascer e ao pôr do
sol de cada dia.

Do resto, tudo é violeta.

silvioafonso







.

Anônimo disse...

parabéns, roxos, fortes!
Beijo
Laura

Graça Pereira disse...

O roxo fica bem a quem conquistou a liberdade interior como tu.
A maturidade é um pássaro que levanta voo ao fim da tarde!
Gosto do roxo porque é forte e lembra vida.
Mil beijos.
Graça

dade amorim disse...

Tania, tenho certeza de ter postado um parabéns aqui, não sei por que sumiu. Devo ter cometido alguma bobagem antes de ver o comentário pronto. De qualquer jeito, antes tarde: um ano do Roxo-violeta é data de festa, com toda certeza. E parabéns para nós, que podemos acompanhá-lo.

Beijos e sucesso,que você merece.

PS: O que é mesmo FB? Algum outro blog seu?

Wilson Torres Nanini disse...

Tania,

vida longa ao roxo-violeta, e que nada no mundo violente a doçura com que vc interage com o mundo!

Abraços!

Arnoldo Pimentel disse...

Parabéns pelo blog.Beijos

silvia zappia disse...

tania! desde mi blog veo una actualización del tuyo, pero cuando vengo no aparece...la borraste?o es un problema blogger?

besos*

A.S. disse...

Ler-te é um doce fascinio! Sentia saudades...


Beijos meus,
AL

Maria Emilia Xavier disse...

Oi amiga,
Saudades...muitas.
estou com um probleminha básico, Ahahah... Na minha listagem aparece uma nova postagem e quando acesso o roxo, aparece a postagem em comemoração a um ano.
Como faço para resolver? Sou só eu ou alguém já reclamou?
Já, vi uma reclamação do Rayuela em 17 de Abril.
Aguardo,
Bjs.

Machado de Carlos disse...

Realmente concordo com você; para que haja um grande amor, rompemos o tempo e o espaço.
Tenho a impressão de que o mundo é só nosso!

Abraços!...

Anônimo disse...

excellent

Unknown disse...

Voltei pela lembrança do poema.... quando eu for velha, me vestirei de roxo.
Li novamente e tive certeza: vou começar a ficar velha logo, pra poder fazer tudo que quero.