Desafio Poético com Imagens - Imagem: Laura Ballesteros
(Para Carla Diacov)
Não há lá nem cá
Se o olhar for líquido
E a pupila derramar
Na íris o seu amor.
Olhar de abismo
Traz a inocência
No fundo do poço.
É preciso precipitar-se
Estilhaçar a pele de vidro
Criar estrelas de si ao
Partir-se em inteirezas
Na maciez vertical do céu .
O axioma algema a menina
...estende-se em negra muralha:
a realidade emburrece!
Me deixa gritar: desacredita!
Recolhe preces, diplomas
Desbatiza a branca alma
Com as cores infinitas do impossível!
Vem aqui e me diz
Quantos anos tens!
– eu não fazi anos, eu sou de sempre!
5 comentários:
"cores infinitas do impossível"
isso é demais
beijo
p.s. a Carlinha merece
[infinita a infância,
na perda, nos ganhos, no lugares,
nossa infância,
onde a eternidade começa por ser um lugar.]
um imenso abraço, Tania
Saudade!
Lb
Aqui pra nós: bela oração!
Beijos.
ser de sempre à revelia do tempo - como isso é lindo e nos veste de palavras, sobretudo daquilo quanto sentimos e que nem sempre a palavra compreende.
beijos, taninha e carla!
As palavras na sua mão são sempre um instante de luz: um grito preso na garganta que explode na escrita, na poesia. Um belíssimo poema e, como disse o Assis, a Carla merece!
Beijos, Tania!
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